quinta-feira, 26 de junho de 2014

Há 51 anos, John e Paul escreviam 'She Loves You'!


Há, 51 anos, John e Paul escreviam o clássico 'She Loves You'. Confira a história da canção retirada do livro 'The Beatles - História por trás de todas as canções': 

"Apesar de os Beatles já terem ocupado o posto de número 1 duas vezes em 1963, foi "She Loves You" que os levou ao "toppermost of the poppermost", como eles chamavam de brincadeira o topo das paradas. As vendas superaram tudo o que haviam feito antes, e o single se tornou o mais vendido da Inglaterra na década, entrou no Top 20 em agosto de 1963 e lá ficou até fevereiro de 1964 (nos EUA, ele só se tornou um Hit depois do sucesso de 'I Want To Hold Your Hand"). 

Os Beatles não só transformaram a música popular, eles também se tornaram um fenômeno do pós-guerra na Inglaterra. De uma hora para a outra fotos da banda estampavam todos os jornais do país, não publicações como Melody Maker, New Musical Express e Boyfriend. O single que acabou levando-os ao olho do furacão por acaso era "She Loves You".

A canção foi escrita por John e Paul em Newcastle, depois de tocarem no Majestic Ballroom em 26 de junho de 1963. Eles tinham tido um raro dia de folga antes de continuar a turnê, no dia 28, em Leeds, e Paul se lembra de ter tocado violão com John em um quarto do Turk's Hotel.


Os primeiros três singles tinham sido declarações de amor com a palavra "me" no título. Dessa vez, Paul sugeriu que mudassem o ponto de vista, transformando-os em observadores de outra relação e dirigindo-se ao homem. Em vez dos familiares "me" e "you", usaram "she" e "you". Paul se inspirou inicialmente no sucesso britânico da época "Forget Him", de Bobby Rydell, no qual o narrador diz a uma garota para esquecer o rapaz que não parece amá-la de verdade. À primeira vista, "She Loves You" é uma música sobre reconciliação. O compositor tenta juntar um casal separado repassando mensagens ("she told me what to say") e dando conselhos ("apologize to her").

No entanto, o crítico de rock americano Dave Marsh detectou nuances mais sombrias no texto. Em 'Heart Of The Rock and Roll', ele escreveu: "O que Lennon canta se resume a um alerta para seu amigo: 'É melhor você valorizar a amizade dessa mulher, porque, se não, eu farei'". A canção continua sendo ambígua porque cabe ao leitor interpretar o que é dito como um conselho a um amigo ou como uma ameaça a um rival.


O refrão "Yeah, yeah, yeah" se tornou o perfeito chavão de uma era otimista. Se as coisas tivessem acontecido como o pai de Paul queria, no entanto, tudo teria sido diferente. Ao ouvir a música pela primeira vez, enquanto John e Paul trabalhavam nela, durante uma rápida visita a Forthlin Road, ele sugeriu que mudassem para "yes, yes, yes", porque era mais correto. Este era o inglês da Rainha, mas não o do rock 'n' roll. 

Os Beatles não foram o primeiro grupo a adotar o "yeah, yeah", frequentemente usado como acessório na skiffle music nos anos 1950, e também por Cliff Richard em "We Say Yeah" (1962) e Elvis Presley em "All Shook Up" (1957) e "Good Luck Charm" (1962). 

O sexto acorde, que encerra a música, era incomum na música pop, apesar de a Glenn Miller Orchestra tê-lo usado com frequência em suas gravações na década de 1940. "George Martin riu quando tocamos a música pra ele pela primeira vez", conta Paul. "Ele achou que estávamos brincando. Mas não funcionava sem o acorde, então decidimos mantê-lo, e George acabou se convencendo."

Cartas de Ringo falando sobre seu novo grupo, Beatles, é leiloada


Cartas românticas de Ringo à namorada adolescente foram leiloadas ontem por £16,250.

Doren Speight conheceu o futuro baterista dos Beatles quando estava de férias, no País de Gales, em 1961, quando ela tinha 16 anos e ele estava o Rory Storm and the Hurricanes. 

Ringo escreveu pra ela em outubro de 1962: "Recebi um telefonema perguntando se eu poderia me juntar aos Beatles, eu disse sim e deixei Rory.

"Eu estou indo muito bem com o novo grupo, nós temos uma canção gravada, espero que você tenha ouvido. Toca na Luxembourg (rádio) todas as noites (também não esqueça de comprar)".

Doreen, de Bredbury, Stockport, redescobriu as cartas em uma gaveta. Eles foram vendidas em um leilão da Bonhams, em Londres, para um colecionador britânico que preferiu não ter o nome revelado.  

"Ele era conhecido como Richard Starkey naquela época e nós acabamos passando a semana inteira juntos indo em churrascos e festas na praia depois que eles ensaiavam".

"Nós sentávamos no carro do Rory e Ringo segurava minha mão e me comprava bebidas não-alcoólicas, ele era realmente um cavalheiro. Quando nós deixamos o lugar, ele me disse para escrever para ele". 

Cinco, de dúzias de cartas, sobreviveram e começam com "Dear Doreen" (Querida, Doreen). Três delas foram enviadas da 10 Admiral Grove, em Liverpool, casa onde Ringo cresceu. 

Na maioria das cartas, Ringo colocava fotos suas e terminava com "Muito amor e sorte, Ringo xxx". 

Fonte: The Mirror

segunda-feira, 23 de junho de 2014

Paul McCartney aproveita praia em Ibiza


Depois de passar bastante tempo se recuperando de uma virose, Sir Paul McCartney merecia um descanso! E foi isso que ele e sua esposa, Nancy, foram fazer em Ibiza, cidade espanhola conhecida por suas festas e praias. 

O casal aproveitou o domingo ensolarado com amigos. E, como de costume, Paul e Nancy deram aquele mergulho no mar! 

Macca volta aos palcos no dia 5 de julho em Albany, nos Estados Unidos. 

Confira as fotos do casal em Ibiza! 


Fonte: Daily Mail

sexta-feira, 20 de junho de 2014

TV Gazeta apresenta programa sobre os Beatles



O quarteto de Liverpool composto por Paul McCartney, Ringo Starr, John Lennon e George Harrison foi um divisor na história da música e mantém sua influência até os dias de hoje. Com um estilo bem singular de fazer rock’n roll, os Beatles revolucionaram a música, influenciaram o mercado, a cultura e o comportamento dos jovens.

O programa Beatles Especial, da TV Gazeta, comemora os 50 anos da explosão beatlemaníaca no Brasil e no mundo. Com 4 episódios exibidos a partir de 20 de junho, sempre às sextas-feiras, às 23h30, o programa proporciona experiências inéditas aos telespectadores.

Neste especial, a história da banda é contada cronologicamente, destacando os momentos essências da carreira e desmitificando lendas ligadas ao grupo. O programa conta com a participação de convidados como Ronnie Von (cantor e apresentador de TV), Eduardo Araújo (cantor), João Barone (músico), Kid Vinil (cantor e compositor), Sérgio Dias (músico, cantor e compositor) e João Marcelo Bôscoli (produtor musical), além de especialistas de outras áreas de atuação. E, para a felicidade dos fãs, uma das melhores bandas covers do Brasil, a ZoomBeatles, interpreta os maiores sucessos dos Beatles.

Fonte: TV Gazeta

quarta-feira, 18 de junho de 2014

72 músicas de Paul McCartney que você DEVE ouvir!


Para comemorar o aniversário do nosso eterno baixista favorito dos Beatles (ou do mundo!), decidi fazer uma lista de 72 músicas do Paul pós-Beatles que todos os fãs deveriam ouvir, ou ao menos conhecer.

Parece que são muitas músicas, mas quando se trata de Paul McCartney, fica difícil escolher "apenas" 72. 

Vejam abaixo as canções escolhidas:

Saudável e sorridente, aniversariante Paul McCartney caminha ao lado da esposa em Londres


Para Paul McCartney, nem o dia de seu aniversário é motivo para não se exercitar! 

Hoje de manhã, em Londres, o eterno Beatles foi visto caminhando ao lado de sua esposa, Nancy. 


Para os fãs, ver Paul bem assim é um alívio, já que ele cancelou mais algumas datas de shows devido ao vírus que ele contraiu no Japão. 



E, falando em fãs, reparem no homem vestindo uma camisa dos Wings na foto acima. O aniversário é do Paul, mas foi o pelo visto foi ele quem foi surpreendido hoje. 

Fonte das fotos: Daily Mail

Álbuns dos Beatles serão relançados em Mono



Outro box set dos Beatles sairá em breve. No dia 8 de setembro, a Apple irá lançar todo o catálogo da banda em áudio mono prensado em vinil de 180 gramas numa coleção de 14 LPs novos. 

O site Second Disc afirma que ‘The Beatles In Mono’ é a representação em vinil da caixa de 2009 do catálogo em CDs mono. Ele contém tudo até o autointitulado ‘Álbum Branco’, de 1968, além de um set de três discos com faixas não inclusas em LPs. Os dois últimos registros da banda, ‘Abbey Road’ e ‘Let It Be’ tinham mixagens idênticas em mono e estéreo.

O mais impressionante, especialmente no mundo de hoje, é que a equipe de produção abdicou da tecnologia moderna para tratar o material do modo que os discos eram masterizados na época em que a banda estava na atividade. Os discos do box foram remasterizados para o vinil a partir das fitas master de um quarto de polegada no Abbey Road, pelo engenheiro ganhador do Grammy, Sean Magee, e pelo supervisor de masterização Steve Berkowitz, igualmente agraciado com o Grammy. Enquanto o set ‘The Beatles In Mono’ em CD de 2009 foi criado a partir de remasterizações digitais, dessa vez Magee e Berkowitz conduziram o processo sem usar nenhuma tecnologia digital. Ao invés disso, eles empregaram os mesmos procedimentos usados nos anos 60, guiados pelos álbuns originais e por notas detalhadas feitas à mão pelos engenheiros originais.

Os discos também serão vendidos separadamente, mas o box em edição limitada tem também um livro de capa dura de 108 páginas com fotos, documentos de arquivo e textos diversos sobre o processo de masterização.

Fonte: Whiplash

terça-feira, 17 de junho de 2014

Surgem fotos inéditas de George, John e Yoko durante ensaios para o 'Concert For Bangladesh'


Um conjunto de fotografias espontâneas e inéditas de George Harrison, John Lennon e Yoko Ono antes do Concert for Bangladesh serão leiloadas. A expectativa é que as fotos arrecadem milhares de dólares.

Nas fotografias, os ex-Beatles parecem estar de bem, apesar da separação da banda ter ocorrido um ano antes do concerto beneficente, que aconteceu em 1971. 

A casa de leilões Sotheby está colocando o conjunto de fotografias, que em breve será exibido em Nova York, sob o martelo no 'A Rock N Roll History: From Presley to Punk', leilão que ocorrerá no dia 24 de junho. 

As fotografias mostram Lennon sorrindo e brincando e Yoko Ono envolvida em uma conversa com Harrison. 


George pediu a todos os seus ex-companheiros de banda participarem do que teria sido a primeira vez que os Beatles apareceriam no palco juntos, desde 1966, nos Estados Unidos. 

Ringo Starr e John Lennon concordaram em participar, mas Paul recusou-se devido aos problemas jurídicos que a separação dos Beatles havia causado.

Mas poucos dias antes do show, que aconteceu no Madison Square Garden, em Nova York, Harrison e Lennon tiveram um desentendimento sobre Yoko participar ou não com John no evento. 

Lennon aceitou o pedido de George de Yoko Ono não participar do concerto. 


John e Yoko tiveram uma discussão que levou Lennon a sair de Nova York dias antes do show, fazendo com que o ex-Beatles não aparecesse no palco do evento. 

Acredita-se que as fotos foram tiradas durante os ensaios do evento, que também contou com a participação de artistas como Eric Clapton, Bob Dylan e Badfinger.

O Concerto para Bangladesh foi organizado por George depois que seu amigo Ravi Shankar pediu ajuda para arrecadar dinheiro para o país. 

Estima-se que o evento arrecadou 12 milhões de dólares para a UNICEF. 

Fonte: Daily Mail

Ativistas fazem passeata fantasiados de Paul McCartney


Como um presente de aniversário adiantado a Sir Paul, apoiadores do PETA (People for the Ethical Treatment of Animals) fizeram uma passeata na manhã desta terça-feira, em Liverpool. 

Os ativistas usaram máscaras do Paul e levaram placas 'Give Peas a Chance: Try Vegan' (Dê uma chance às ervilhas: tente vegan, em português). 

A passeata aconteceu em frente ao Cavern Club, lugar onde os Beatles tocaram no começo de sua carreira. 

A diretora do PETA, Mimi Bekhechi, disse: "Temos certeza de que Paul ficará encantado pelo fato de nós termos escolhido seu aniversário para homenageá-lo, incentivando o público a dar ao vegetarianismo uma chance. Se você tem 6 ou 64 ou, no caso de Paul, 72 anos, ser vegetariano é uma ótima maneira de ajudar os animais, a sua saúde e o meio ambiente".

Beatles ganharão minissérie na TV pelos criadores de “The Tudors”


Depois de cancelar “Drácula”, a NBC planeja produzir uma minissérie que contará a história de um dos maiores grupos de todos os tempos: os Beatles!

A informação é do site Deadline, que ainda conta que a direção do projeto ficará por conta de Ben Silverman e Teri Weinberg, os produtores de “The Tudors”, aquela série sobre o reinado de Enrique VIII na Inglaterra.

“The Beatles” contará a história do quarteto de Liverpool, mas não foram divulgadas ainda quais passagens da carreira de John Lennon, Paul McCartney, George Harrison e Ringo Starr serão narradas nos oito episódios inicialmente previstos.

A minissérie parece seguir a linha que a NBC tem adotado para as suas produções, com séries curtinhas que prendem o público.

O projeto ainda não tem data para começar a ser produzido.

Fonte: PapelPop

sexta-feira, 13 de junho de 2014

Paul McCartney, Noel Gallagher e outros artistas homenageiam Paul Weller


Músicos como Paul McCartney e Noel Gallagher homenagearam Paul Weller logo após seu último lançamento solo, 'More Modern Classics'. 

"Ele é familiar com outros modos de tocar e outros modos de fazer suas músicas", disse McCartney, enquanto Gallagher adicionava:

"Eu vi uma criança chegar nele e dizer, em um Pub, 'eu realmente gosto dessa camisa', e ele simplesmente tirou a camisa, deu ao garoto e aí sentou sem camisa no pub. Sim, e aí ficou no pub sem camisa pelo resto do dia". 

Assista ao depoimento inteiro abaixo: 


Fonte: Live 4 Ever

quarta-feira, 11 de junho de 2014

Paul McCartney segue recomendações médicas e permanece em repouso


O beatle anunciou em seu site oficial que seguirá os conselhos dos médicos e permanecerá mais algumas semanas em repouso.

“Sinto muito, mas levará mais algumas semanas antes de tocar na América novamente. Estou me sentindo ótimo, mas fui aconselhado pelos médicos a ter calma por apenas mais alguns dias. Estou ansioso para vê-los em breve” escreveu Paul McCartney.

A turnê “Out There” recomeça no dia 05 de julho nos EUA. Algumas datas marcadas para o mês de junho foram adiadas para outubro.

Fonte: Beatles College

Trajetória de Paul McCartney nos anos 1970 é revista em nova biografia


a van verde, espremiam-se músicos, roadies, crianças e até cachorros. Atrás, vinha um caminhão com os equipamentos da banda. Sem rota definida, saíram de Londres e seguiram todos rumo ao norte, até pararem em Nottingham. Chegando no campus da universidade, no final da tarde, um dos roadies foi até a secretaria e perguntou se haveria, por acaso, um local para uma apresentação da nova banda de Paul McCartney. Após a surpresa e o ceticismo inicial, o show foi marcado, às pressas, para o dia seguinte, na hora do almoço, no refeitório. Oitocentas pessoas, a maior parte alunos, testemunharam a estreia dos Wings, tocando um repertório de músicas dos discos “Wild life” e “Ram”, além de algumas covers. No final, os músicos dividiram o cachê, pago em moedas de uma libra. Sem viver uma situação parecida em muitos anos, Paul ficou emocionado com o que chamou de “dignidade do trabalho”. E voltou para a van (mais tarde substituída por um ônibus de dois andares, pintado de forma psicodélica). Afinal, em1972, o ex-Beatle tinha uma nova, longa e sinuosa estrada pela frente.



DEPRESSÃO E INSEGURANÇA
A cena simboliza muito do que é descrito no livro “Man on the run”, do jornalista escocês Tom Doyle, recém-lançado no Brasil pela editora Leya. Com o subtítulo “Paul McCartney nos anos 1970”, ele mostra um lado pouco conhecido do astro maior do universo pop, envolvendo um período subestimado em suas biografias anteriores. Deprimido com o fim dos Beatles, angustiado com as alfinetadas do ex-parceiro, John Lennon, e inseguro em relação ao seu próprio futuro antes mesmo de chegar aos 30, Paul bebeu e fumou (maconha) em excesso, abraçou um estilo de vida quase hippie, ao lado da primeira esposa, Linda, refugiando-se numa fazenda na Escócia, criou uma nova banda, fez excursões improvisadas, gravou alguns discos brilhantes (e outros nem tanto) e tentou, de todas as formas, se reinventar, mesmo com todas as câmeras apontadas para ele. Foi, como diz o título, um homem em fuga.
— Considero os anos 1970 um período fascinante na trajetória de Paul — diz Doyle, ex-repórter do jornal “The Guardian” e colaborador de revistas como “Mojo” e “Q ”. — Foi o momento em que um dos mais famosos e reverenciados artistas da História teve que, repentinamente, recomeçar a sua carreira. É uma situação impensável quando o vemos hoje em dia, mas como Paul me disse certa vez: “Imagine que você é um astronauta. Depois que você vai à Lua, o que você vai fazer no resto da sua vida?”. Nos anos 1970, após o fim dos Beatles, ele se sentia voltando da Lua.
“Man on the run” nasceu a partir de uma série de entrevistas que Doyle fez com o astro para a “Mojo” e a “Q”, a partir de 2006, em torno do relançamento de sua discografia daquele período. Tendo pela frente um entrevistado naturalmente intimidador e tradicionalmente evasivo, Doyle teve que se esforçar muito para ganhar a confiança de Paul até revelar sua intenção de escrever a biografia, consentida, mas não oficial ou autorizada.
— Ele é um entrevistado muito esperto e bem treinado, que sabe se desviar facilmente dos temas polêmicos. Mas acho que, por eu ser escocês, ele foi se abrindo gradativamente até chegarmos ao ponto de termos conversas bem francas e agradáveis — lembra o autor. — Não gosto muito de biografias autorizadas, já que o protagonista tende, muitas vezes, a limpar seu passado e reescrever sua história. Mas Paul foi bastante gentil e nunca colocou empecilhos à feitura desse livro, chegando, inclusive, a ceder uma foto inédita dele, tirada por Linda, para a capa. Considerei isso uma prova de confiança.


PRISÃO NO JAPÃO E MORTE DE LENNON
No livro, Linda é lembrada como a pessoa que ajudou Paul a sair da depressão inicial e também como a tecladista inúmeras vezes criticada pela imprensa e pelos companheiros de banda.

— Linda foi a companheira que ajudou Paul a se reerguer. Foi quem esteve ao seu lado nos momentos difíceis. É emocionante ver como ele lembra os momentos dos dois juntos — diz Doyle. — Sobre as críticas, Paul achava que Linda foi como Ringo nos Beatles. Começou mal, mas evoluiu bastante.

Momento central daquele período foram as complicadas gravações de “Band on the run” — para muitos, o melhor disco de Paul — na Nigéria, em 1973, entre encontros com bandidos (que colocaram uma faca no pescoço do astro durante um assalto) e tensas negociações com artistas locais, como o mitológico Fela Kuti, nas quais o inglês teve de explicar que não roubaria a música deles:

— Paul teve ataques de pânico após o assalto, viu dois integrantes abandonarem a banda antes da viagem e ainda precisou esclarecer suas intenções frente a frente com Fela. Ironicamente, em meio àquele caos, gravou seu disco mais reverenciado.

Em contraste com aquele primeiro show em Nottingham, está a volta por cima com a apresentação dos Wings no Madison Square Garden lotado, em 1976, num breve revival da beatlemania, que incluiu até mesmo tietes como Jacqueline Onassis nos camarins (“Então, de repente, toda a fama voltou”, lembra Paul). A década da turbulência é encerrada com dois episódios marcantes para o astro, ambos em 1980: a prisão no Japão, no começo do ano, pela posse de 250 gramas de maconha (“Um gesto de autossabotagem”, afirma o autor) e o assassinato de Lennon, em dezembro, em Nova York. Foi quando Paul decidiu, enfim, parar de fugir de si mesmo e passou a viver uma vida (quase) normal. “A única anormalidade é ser Paul McCartney”, disse a Doyle.

Fonte: O Globo