Foi há 50 anos. Quem diria que quatro garotos de Liverpool cresceriam tanto? Que chegariam à América, lotariam estádios, fariam uma verdadeira revolução na música? E, ainda mais, seriam lembrados meio século depois da histórica chegada aos Estados Unidos. Bem, os Beatles conseguiram. Hoje, a América comemora essa data como se fosse o aniversário de um filho querido, criando eventos e celebrando a chegada da banda nos Estados Unidos.
No dia 7 de fevereiro de 1964, os Beatles deixaram o Reino Unido pela primeira vez e foram em direção à América. A estação de rádio WMCA, de Nova York, começou logo cedo a trazer informações: "Agora são 6h30 a.m., hora Beatle. Eles deixaram Londres há 30 minutos. Eles estão agora sobrevoando o Oceano Atlântico em direção a Nova York. A temperatura é 0 Beatle Celsius".
No avião, os Beatles estavam nervosos. Eles não sabiam detalhes de como os estavam promovendo, mas haviam lido reportagens de pessoas fazendo críticas e os chamando de feios.
Cynthia estava com John no avião, a primeira e única vez em que ela acompanhou a banda em uma turnê. Os roadies dos Beatles, Neil e Mal, estavam ocupados, forjando assinaturas dos Beatles nas fotos para dar a algumas fãs. Brian Epstein também estava ocupado. Alguns empresários britânicos não conseguiram se encontrar com ele em Londres e acharam que seria ótimo ocupar Epstein a 30.000 pés do Atlântico. Eles mandaram alguns bilhetes, perguntando se Brian poderia patrocinar seus produtos. Todos foram metodicamente recusados.
Todas as dúvidas acabaram no minuto em que eles viram o JFK Airport, quando eles pousaram à 1h35 da tarde. Cerca de 10 mil adolescentes estavam gritando à espera dos Beatles. Elas estavam todas cantando 'We love you Beatles, oh yes we do', uma música, ou pelo menos um canto, muito comum para as fãs americanas.
A Capitol ainda estava trabalhando duro para promover a banda e, por isso, deu a cada pessoa esperando o avião, um kit completo com coisas dos Beatles, contendo peruca, uma foto autografada e um button escrito 'I Like The Beatles'.
Eles lutaram para chegar ao local em que dariam a entrevista e lá encontraram a maior coletiva de imprensa que já deram. John gritou para os jornalistas se calarem. Todos o aplaudiram.
'Você cantará algo para nós?'
'Nós precisamos do seu dinheiro primeiro', respondeu John;
'Como vocês explicam todo esse sucesso?'
'Temos um bom agente';
'Qual é sua ambição?'
'Vir para a América';
'Vocês pretendem cortar o cabelo?'
'Cortamos ontem';
'Vocês esperam levar alguma coisa daqui para casa?'
'O Rockfeller Centre';
'Vocês fazem parte de uma rebelião social contra a geração mais velha?'
'Essa é uma mentira suja';
'E sobre a campanha de Detroit para erradicar os Beatles?'
'Bem, nós temos uma campanha para erradicar Detroit';
'O que vocês acham de Beethoven?'
'Eu amo ele, principalmente seus poemas', disse Ringo;
O caos estava inserido no Plaza Hotel, um hotel que se orgulha da discreta exclusividade e que não havia checado as profissões dos cinco britânicos que reservaram sua estadia há alguns meses antes. Quando o responsável pelo Plaza viu seu hotel cercado por milhares de adolescentes gritando, ele foi à rádio e ofereceu os Beatles para qualquer hotel de Nova York que os quisesse. E os Beatles não ficaram gratos por isso.
'O que fez você escolher o Plaza Hotel?'
'Eu não escolhi. Nosso empresário escolheu. Tudo o que eu posso dizer é que eu não gosto da comida', George, que estava doente, afirmou.
Depois da chegada, os Beatles começaram a se preparar para as aparições no Ed Sullivan Show, mas isso você só lerá daqui a dois dias.
Para mais informações, fique ligado no The Beatles Report.
Fonte: A Biografia Autorizada dos Beatles.
Fonte: A Biografia Autorizada dos Beatles.
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