quinta-feira, 26 de abril de 2012

Paul McCartney reúne 30 mil fãs em Florianópolis



O ex-beatle Paul McCartney encerrou a última das três escalas brasileiras da turnê On The Run num show para cerca de 30 mil pessoas em Florianópolis, nesta quarta-feira.
Durante duas horas e meia, o músico empilhou sucessos de sua antiga banda, dos Wings (o grupo que formou logo após a dissolução dos Fab Four) e de sua carreira solo. Não tinha como dar errado.

Acompanhado pelos mesmos músicos há dez anos – Brian Ray (baixo e guitarra), Rusty Anderson (guitarra), Paul "Wix" Wickens (teclados) e Abe Laboriel Jr (bateria) –, o ídolo subiu ao palco pontualmente às 21h30 para começar com Magical Mistery Tour. A partir daí, o estádio da Ressacada reverenciou cada acorde, cada gesto, cada declaração daquele senhor prestes a se tornar um septuagenário.

Como se precisasse, McCartney ainda arriscou algumas expressões locais para cativar o público. Com a ajuda de uma cola no chão, logo após All My Loving ele saudou o público em português: “Boa noite, manezinhos. Oioioi, Floripa! Estou muito feliz por estar em Santa Catarina pela primeira vez”.  Ao longo do repertório, os nativos ainda ouviriam “Vocês são massa”, “Ilha da magia”, “Coisa mais querida” e “Istepô”.

Em inglês, separou-se de seu característico baixo Heffner e contou que a guitarra que iria empunhar em Paperback Writer era a mesma utilizada nos anos 60. Trocou a relíquia pelo piano para emocionar com Long and Winding Road e anunciar que a próxima “havia sido escrita para sua amada Nancy” (Shevell, sua atual esposa): My Valentine, a única de seu mais recente disco (Kisses on the Bottom) inclusa no setlist..

Sob chuva - A esta altura, a garoa que vinha caindo desde o começo do show virou um temporal. “É uma música bem apropriada, porque fala de chuva”, brincou. O aguaceiro lavou a alma da plateia em Baby I’m Amazed, mas atrapalhou a curtição da sessão acústica composta por And I Love Her, Blackbird e Eleanor Rigby. A plateia, encharcada, merecia algo mais encorpado. Que, afinal, veio com as respectivas homenagens a George Harrison (Something) e Ringo Starr (Yellow Submarine) e empurrou o mau tempo definitivamente para segundo plano em Band on the Run. Live and Let Die e Hey Jude fecharam o espetáculo em alta temperatura, a primeira com fogos e explosões, a outra com a multidão cantando com energia.

No bis, McCartney valeu-se de seus últimos cartuchos para agradar – bandeira do Brasil e canções do Beatles, representadas por Day Tripper, Get Back e Yesterday. Após outra pequena pausa, ele voltou para a saideira de verdade. Em meio a tantas parcerias inesquecíveis com John Lennon, o medley com Golden Slumbers/Carry that Weight/The End não deixou de causar certo anticlímax na despedida.

A sensação de que o negócio poderia ter acabado melhor foi acentuada na saída. Se na chegada o esquema montado pela organização (bolsões de estacionamento para carros e, de lá, transporte coletivo gratuito até o estádio) funcionou, na hora de ir embora mostrou todas as suas falhas. A espera para embarcar nos ônibus credenciados até as áreas onde os carros tiveram de ficar levou quase três horas, sem que a chuva parasse um instante.  

Veja o setlist completo!


"Magical Myistery Tour"
"Junior’s Farm"
"All My Loving"
"Jet"
"Drive My Car"
"Sing the Changes"
"The Night Before"
"Let Me Roll It"
"Paperback Writer"
"Long and Winding Road"
"Nineteen Hundred and Eighty-Five"
"My Valentine"
"Maybe I'm Amazed"
"I've Just Seen a Face"
"Hope of Deliverance"
"And I Love Her"
"Blackbird"
"Here Today"
"Dance Tonight"
"Mrs Vandebilt"
"Eleanor Rigby"
"Something"
"Band on the Run"
"Ob-La-Di Ob-La-Da"
"Back in the USSR"
"I Got a Feeling"
"A Day in the Life"
"Let it Be"
"Live and Let Die"
"Hey Jude"
"Lady Madonna"
"Day Tripper"
"Get Back"
"Yesterday"
"Birthday"
"I Saw Her Standing There"
"Golden Slumbers"

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