quinta-feira, 8 de dezembro de 2011

O dia em que John Lennon morreu


Em 8 de dezembro de 1980, o mundo perdera uma lenda, um grande herói. 
Minutos antes das onze da noite, Mark David Chapman disparou cinco vezes sobre John Lennon, na porta do edifício Dakota, situado na esquina da rua 72 com a zona Oeste do Central Park. Quatro das balas de ponta oca disparadas do revólver da Charter Arms calibre .38, atingiram o alvo, danificando de forma severa os órgãos internos do cantor. John Lennon foi declarado morto por médicos da emergência do Roosevelt Hospital por volta das 23h10. Lennon voltava para casa para deitar o filho, Sean, então com cinco anos, depois de uma tarde passada no estúdio Record Plant com a mulher, Yoko Ono, que gravava "Walking on Thin Ice". Mark David Chapman, depois de efetuar os disparos, sentou-se em frente do Dakota e começou a ler The Catcher in The Rye ( Uma Agulha num Palheiro , tradução portuguesa). 


A morte de John Lennon teve um forte impacto na sociedade ocidental em 1980 e transformou-se num simbólico acontecimento global. A revista Time, de 22 de dezembro de 1980, classificava o desaparecimento de Lennon como "uma morte na família". Esse sentimento justificava-se. Lennon foi um dos protagonistas de uma nova era na história da humanidade: o período de imposição dos Beatles correspondeu igualmente a uma época de profundas transformações - sociais, políticas, tecnológicas. Quem cresceu nessa época, cresceu com os Beatles na televisão e por isso era natural ver os seus membros como "família". 


Os Beatles personificavam o espírito dessa década de luta pelos direitos civis, de protestos pela paz, de construção de uma identidade moderna. Lennon era um ativo membro dessa família alargada que acreditava no progresso, na paz, na democracia. Na Time escrevia-se que Chapman tinha assassinado mais do que uma simples pessoa - "talvez a esperança" - e comparava o impacto deste desaparecimento ao de Kennedy ou de Martin Luther King. Mark David Chapman continua preso. Foi condenado a uma pena mínima de 20 anos que se estenderá até à sua morte. Desde 2000 a lei permite que Chapman possa reclamar a Liberdade Condicional e, nesta última década, enfrentou a comissão responsável por avaliar esses pedidos por seis vezes, a última delas foi em 7 de setembro de 2010. A liberdade tem-lhe sido constantemente negada, com Yoko Ono sendo uma das mais fervorosas opositoras à saída de Chapman da prisão de Attica, em Buffalo, no estado de Nova Iorque - curiosamente, John Lennon cantou sobre Attica no tema "Attica State", do álbum Sometime In New York City (1972). Sinceramente, se Mark David Chapman saísse da prisão, não daria um dia para que ele fosse morto aqui fora. 


O último álbum que John Lennon editou, Double Fantasy , transformou-se igualmente num símbolo: ali estava um ícone de uma geração, alguém que ajudou a transformar o mundo, que se despiu pela paz e que rapou o cabelo pela igualdade racial e inspirou-se na família para compor canções. Este revolucionário editou um álbum de canções de amor, tranquilas, um dos melhores álbuns de sua carreira solo.
Andy Peebles, da BBC, confessou, logo após a edição do álbum, que a abordagem de John tinha mudado: "diga apenas o que é, em inglês simples, faça com que rime e coloque um ritmo por trás". Parecia, de fato simples. Lennon, um homem que sobreviveu aos anos 60, às drogas e aos desvarios terapêuticos, ao apelo da revolução e ao radicalismo, chegava aos 40 à conclusão de que a família era mesmo o centro do seu mundo. Duas semanas depois, Mark David Chapman, que pegou um autógrafo de Lennon em sua cópia do Double Fantasy, na manhã de 8 de dezembro, colocava um ponto final no sonho e na esperança e elevava o álbum que o ex-Beatle tinha acabado de lançar. Lennon mudou o mundo quando apareceu em 1960 e voltou a transformá-lo quando desapareceu em 1980. Mas, passados 31 anos, continuamos a ouvi-lo. 




John Lennon não foi apenas um músico qualquer. John Lennon foi um gênio. Um exemplo para toda a sociedade, não teve medo de dizer o que pensava, e serviu de influência para muitas pessoas em busca da paz. E não existe uma pessoa que eu conheça que nunca ouviu alguma música dele e não tenha tido uma sensação inexplicável.
Como disse George Martin, por exemplo: "A voz de John em 'A Day in The Life' chega a tocar a espinha".
John Lennon é um nome que continuará sendo mencionado, ouvido e tocado por 50, 70, 90 anos... 

Descanse em Paz, John! 


Clique aqui para assistir o documentário 'Imagine', aqui no The Beatles Report!
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